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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Le Fabuleux destin d’Everton Carneiro

No dia 16 de novembro de 1987 ás 12 horas, 28 minutos e 32 segundos uma mosca da família dos califorídeos, cuja é capaz de reproduzir 14670 batimentos de asa por minuto, pousou numa rua em uma pequena cidadezinha do interior do Rio de Janeiro. No mesmo segundo, no restaurante do hotel Bela Vista, o vento esgueirou-se como por magia sob uma toalha, fazendo as taças dançarem sem que ninguém percebesse. No mesmo instante no quinto andar do número 28 da rua 33, na Vila Santa Cecília, Eugênio Colère voltando do enterro do seu melhor amigo Emílio Maginot, apagou seu nome do caderno de telefones. Ainda no mesmo segundo nascia Everton Carneiro.

Everton é o filho mais velho de um casal que se conheceu em uma festinha dançante nos anos 80. Filho do extrovertido e falante Senhor P. e da tímida e religiosa Senhora C.. Tom, assim como sua grande e unida família o apelidou, não assistia Tom e Jerry. Tom, cadê o Jerry? Era uma pergunta que importunava essa pobre criancinha. Talvez até hoje Everton ainda seja traumatizado pelo desenho do rato e do gato. Tom assistia Caverna do Dragão, e ele queria muito ser o Presto, porém ele nunca conseguiu fazer uma mágica com seu chapéu, nem sequer uma mágica errada como o personagem do desenho. Até hoje Tom se pergunta como teria sido o final de Caverna do Dragão. Os tios, primos e os próprios pais de Everton o colocavam na janela, quando ele mal sabia andar, e o exploravam para que ele cantasse com a sua maravilhosa voz aveludada a música que ele vivia cantando: “Madalena, Madalena, Madalena, você é meu bem querer. Eu vou falar para todo mundo, vou falar para todo mundo, que eu só quero você…” (Ninguém sabe de onde o menino tirou essa música).

No jardim de infância Tom estudou numa pequena escola perto de sua casa e quando foi para a primeira série ele se mudou com os amigos para uma escola de freiras. Era uma escola grande e pela primeira vez ele se sentiu realmente no mundo. Everton gostava da textura e do cheiro da massinha e da argila, gostava de colorir as coisas e achava que o mundo era cinza demais. No colégio, as freiras nem eram tão rígidas, mas eram gananciosas… o Senhor P. vendeu um rim para pagar as mensalidades. Lá Tom aprendeu quase tudo que sabe na vida, não somente assuntos relacionados a matemática, gramática e história, mas coisas sobre essa selva louca que é a vida. Ele aprendeu que quando você passa tempo de mais em lugar, a vida se torna chata. Existe um mundo inteiro para se conhecer e pessoas aos montes para se conquistar amizade, respeito e carinho. Para que se enraizar num lugar, se você pode voar? Para que morar no condomínio de Luxo do Laranjal se você pode ver o pôr-do-sol hoje nos vinhedos da Itália, amanhã nas Cataratas do Iguaçu e depois tomando um cafezinho no Le Castel Café, que fica a 2 minutos da torre Eiffel? Não existem barreiras, não existem casas, não existe somente o seu ciclo de amigos. O mundo é a sua casa, o José, o Jack, a Maria, a July, o Robert, a Yang, o Pablo… todos podem ser seus amigos.

Aos poucos Tom foi crescendo e finalmente chegou na sexta série. Naquele primeiro dia de aula do ano 2000, era a primeira vez que ele estudava de manhã e seria também a primeira vez que ele se descobriria apaixonado por algo. Naquele ano também foi a primeira e vez que ele brigou com alguém, nessa briga foi a primeira vez e a única que Everton levou uma ficha de ocorrência por tentar jogar um colega de sala pela janela. Depois disso ele ficou um bom tempo longe de janelas. Tirando isso, Tom era um aluno exemplar, tinha boas notas, sentava na primeira carteira, passava o recreio lendo livros na maravilhosa biblioteca do colégio e nunca se quer colou, até ele chegar no rebelde segundo grau. Mas ainda no ano 2000 Tom se apaixonou por cinema. Ele tinha uma amiga ruiva que amava filmes também. Os dois ficavam horas conversando sobre cinema e assim ele passou a ir à locadora toda sexta feira. Everton alugava tantos filmes que se tornou exper no assunto. Algum tempo depois ele começou a ir no cinema uma vez por semana e quando chegou no segundo grau ele ia umas 3 vezes por semana, muitas das vezes escondido de seus pais. Amigos ele fez aos montes, mas todos sempre acabavam de alguma forma indo embora. Em todos esses anos ele já sofreu por amor e já fez sofrer também. Já se divertiu e já teve momentos que ele gostaria de esquecer, mas nunca o conseguirá. Já se apaixonou por uma Argentina, Já quebrou o braço correndo atrás de doce no dia de São Cosme e São Damião, superou o medo da matemática, já quebrou o dedo dando um soco na barriga de um amigo, teve piolho, ganhou num bingo, se esborrachou num acidente de bicicleta, perdeu o medo de dentista, brincou e brigou muito com seu irmão, entrou no brinquedo do Mcdonalds, cantou num coral, foi coroinha, participou de uma peça de fantoches, pegou carrapato, aprendeu inglês e tirou nota 100 cantando em um Karaokê a música da Marisa Monte que sua prima tanto ama.

Outra coisa aprendida por Tom naquele colégio foi dar valor a pessoas boas de coração, tentar fazer amizade com pessoas que tenham riqueza não no bolso, mas no coração e no cérebro. Não interessa de onde a pessoa vem, que roupa ele veste, qual a marca do seu sapato, qual o seu carro, o que realmente interessa é a pessoa que cada um é. Porque o dinheiro você perde, o carro fica velho, o sapato e a roupa furam mas o seu conteúdo nunca se deteriora, pode até evoluir, porém nada o faz perder isso.

Ao chegar no fim do ensino médio Tom se deparou com uma enorme dúvida. O que farei na faculdade? Ele sempre quis cinema, no entanto acabou escolhendo administração. Ele entrou para uma excelente universidade, conheceu pessoas divertidas, amigas e inteligentes, fez novas amizades e aprendeu muito sobre a arte de gerir negócios e pessoas. Hoje ele batalha para ser, não o melhor administrador do mundo, mas para ser um excelente profissional, um profissional que possa gerir de forma satisfatória uma empresa e sempre ajudando ao próximo. Tom tem sonhos e planos, porém não tem medo de se tornar velho de mais para realizá-los. A vida é curta de mais para quem não sabe o que quer, mas longa o suficiente para quem tem um objetivo e a determinação adequada para alcançá-lo. A graça não é achar que a vida é uma festa, mas achar que a festa é viver.

O Tom é assim, feito de erros, sonhos, qualidades e criatividade. É um caminhante, não mais um caminhante e não o melhor deles, apenas ele mesmo, com todos os pontos que fazem dele esse ser único. Ele está na estrada e aprendo a cada dia a ser alguém melhor, assim como canta Morissette: You live, you learn, You cry, you learn, You lose, you learn... esse mundo é cheio de defeitos, mas ainda sim Tom vê beleza onde as pessoas só conseguem ver desastre. Quem é o Everton? Ele não é uma descrição, é a vida que leva, a família que tem, os amigos que faz, as marcas que deixa, os textos que escreve... é a síntese de tudo que dá o tom a esse Tom. Seu destino… ele ainda é um caminhante. Talvez ainda seja cedo para dizer quem ele realmente é.

Estamos em 12 de maio de 2009 e são exatamente 11 horas da manhã. No parque de diversões, perto do trem fantasmas, a máquina de fazer marshmellos, faz marshmellos. Ao mesmo tempo num banco da Praça Brasil, Paul Robert descobre que o número de conexões possíveis no cérebro é superior ao número de átomos no universo. Enquanto isso no colégio de freiras, as freias treinam futebol. A temperatura é de 24Cº, a umidade é de 70% e a pressão atmosférica é de 990 milibar.

Sobre a Lana

Come demais, mas na casa dos outros perde o apetite. Fala de mais, mas na presença de estranhos fica muda. Sabe que é tímida, mas não é bem o que dizem. Quer se mudar, mas gosta de sua cidade. Briga pelo que acredita, e por quem acredita, mas detesta confusão. Jura que não bebe, mas ocasionalmente acorda “ressaquiada”... Não come miolo de pão em hipótese alguma. Muda de humor de acordo com a temperatura. Abomina coca-cola e não tem paciência com bêbados, tampouco com flamenguistas. (Bêbados flamenguistas, favor manter distância)
Adora crianças, mas quer apenas um filho. Ou nenhum. Na infância, queria ter sete.
Apaixona-se e desapaixona-se com a mesma facilidade.
É vascaína e tem um sobrinho chamado Bernardo! Ariana, ansiosa, festeira.

Tem sempre uma opinião sobre tudo, mas na maioria das vezes prefere não expressá-las. Tinha mania de colecionar tudo, desde papéis de carta á pôsteres de Sandy e Júnior, mas hoje em dia acha isto uma grande besteira. Adora escrever e detesta tudo o que escreve. Tem dificuldades ao se relacionar com pessoas muito parecidas consigo e fica nervosa perante as pessoas que admira. Não sente medo ao assistir qualquer filme de terror, mas assistir um desenho animado depois sempre faz bem... Fica tensa, muito tensa, ao passar em pontes, viadutos e similares. Tem medo de escada rolante e elevador. Já fez curso de teatro, cinema, participou de um vídeo-clip e de concursos literários. É disso que ela gosta: teatro, cinema e Literatura; mas estuda Administração e acha que vai terminar a vida como advogada.

POSTADO POR: LANA